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O que são as criptomoedas?

Roteiro preparado por Dionatan Diego (dionatandiego11) em 30/05/2024.

Definição: Uma criptomoeda é um ativo financeiro totalmente digital e descentralizado, constituído a partir da ciência da computação, criptografia e economia, que serve como um meio de troca ou forma de pagamento, baseado no mais das vezes em um sistema Blockchain, usando a criptografia como forma de segurança. A história da criptomoeda entrelaça diversos fatores, desde avanços tecnológicos até crenças filosóficas e anseios por uma sociedade mais justa.

Filosofias econômicas: Na obra “O Dinheiro Desestatizado”, Hayek argumenta que a emissão e controle da moeda por parte do Estado são os principais responsáveis por crises e ciclos econômicos. Ele defende na obra a desestatização do dinheiro, abrindo assim o caminho para a livre escolha da moeda pelos indivíduos e para o surgimento de sistemas monetários mais estáveis e eficientes.

Movimento Cyberpunk: Nas décadas de 1980 e 1990, o cyberpunk emergiu como um gênero literário e cinematográfico que explorava um universo futurista distópico, onde megacorporações controlavam tudo e a privacidade individual estava em vias de extinção.

O cerne do movimento cyberpunk sempre esteve enraizado na rebelião contra as estruturas de poder centralizadas. É nesse contexto que as criptomoedas e a tecnologia blockchain ganham destaque. A história das criptomoedas remonta ao surgimento do Bitcoin em 2009, quando um autor (ou um grupo de autores) sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto lançou o white paper que introduzia uma forma descentralizada de dinheiro digital.

Bitcoin é um conjunto de conceitos e tecnologias que formam a base: de um ecossistema de dinheiro digital. Unidades de moeda chamadas bitcoins são usadas para armazenar e transmitir valor entre os participantes na rede Bitcoin. Usuários Bitcoin comunicam-se entre si utilizando o protocolo bitcoin principalmente através da Internet, mas outras redes de transporte também podem ser usadas. A implementação da pilha do protocolo bitcoin, está disponível como software de código aberto, pode ser executada em uma ampla variedade de dispositivos de computação, incluindo laptops e smartphones.

No Bitcoin, Satoshi Nakamoto faz a combinação de diversas tecnologias pré-existentes, como o b-money de Wei Dai e o HashCash de Adam Back, para a criação de um sistema de dinheiro eletrônico completamente descentralizado que não dependesse de uma autoridade central para a emissão de moeda ou para a liquidação e validação de transações. (ANTONOPOULOS, 2015).

Tratando especificamente do aspecto comunicacional da criptomoeda, o Bitcoin (ou outra criptomoeda descentralizada) é, juntamente, comunicação e veículo de comunicação. O Bitcoin é ao mesmo tempo: Uma rede ponto a ponto descentralizada (o protocolo Bitcoin); um registro público de transações (a Blockchain); uma emissão de moedas que ocorre de forma determinística e matematicamente descentralizada (a mineração distribuída); um sistema descentralizado de verificação de transações.

Destrinchando os conceitos

A peer-to-peer P2P também conhecida como rede ponto a ponto, é uma arquitetura de rede de computadores onde cada participante atua como cliente e servidor, sem a necessidade de um servidor central. Isso significa que os computadores em uma rede P2P se comunicam diretamente entre si, compartilhando recursos como arquivos, dados, processamento e largura de banda. precisar de um servidor central controlando tudo.

BlockChain: Imagine um livro-razão gigante que registra todas as transações financeiras de uma cidade em ordem cronológica, onde cada página representa um "bloco" de transações. Em vez de uma única cópia, existem milhares de cópias idênticas desse livro-razão, mantidas de forma descentralizada por diferentes participantes na cidade, que são como os "nós" de uma rede blockchain.

Quando uma nova transação ocorre, todos os participantes validam coletivamente essa transação para assegurar que segue as regras. Uma vez validada, a transação é adicionada simultaneamente ao final do livro-razão em todas as cópias.

As páginas (blocos) são interligadas por códigos criptográficos que impedem alterações não autorizadas, criando uma cadeia inquebrável e imutável de registros, o "blockchain". Se alguém tentar modificar um registro antigo, essa cópia será rejeitada pela rede, pois não corresponderá às outras cópias válidas.

Assim, o blockchain funciona como um livro-razão público, descentralizado e incorruptível, onde todas as transações são registradas de maneira transparente e permanente, sem a necessidade de uma autoridade central controladora.

Mineração: Os mineradores integram a rede descentralizada P2P e são responsáveis por verificar e validar transações de criptomoedas, seguindo as regras do protocolo da rede. Após a validação, agrupam as transações em um "bloco" candidato. Através da "mineração", tentam resolver um complexo desafio criptográfico relacionado a esse bloco. O primeiro minerador a resolver o desafio tem seu bloco adicionado ao blockchain e recebe uma recompensa em criptomoedas recém-criadas. Esse processo se repete continuamente, garantindo o funcionamento seguro e descentralizado da rede, processando transações e adicionando novos blocos ao blockchain. Em troca, os mineradores são recompensados com novas criptomoedas.

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